Estou ensinando agora na minha turma de filosofia sobre o significado na música. Ao iniciar qualquer discussão como essa, eu sempre acho que é importante abordar como a autoridade dos fatores das Escrituras está no assunto.

Eu começo com II Timóteo 3:16,17 [ACF]: “Toda a Escritura é divinamente inspirada, e proveitosa para ensinar, para repreender, para corrigir, para instruir em justiça; para que o homem de Deus seja perfeito, e perfeitamente instruído para toda a boa obra”.

A Escritura governa absolutamente todas as áreas de nossas vidas; não há nada que a Bíblia não aborda, nem por preceito, princípio ou exemplo, incluindo nossa música.

A questão então se torna o que nas Escrituras governa nossa música? Para responder a esta pergunta, devemos entender a natureza da própria música.

A música não é uma coisa; a música é uma ação. Especificamente, a música é uma ação de agentes humanos morais. Enquanto Deus criou o “material” da música (som, tom, ritmo, timbre, etc.), os agentes humanos morais criam músicas.

A Escritura é clara em dizer que as ações dos agentes morais são boas ou más. Pela graça comum de Deus, as pessoas podem fazer coisas boas (Luc. 6:33; Rom. 2:14-15). Eles também podem fazer coisas pecaminosas (IJo. 1:8).

Especificamente, a música é comunicação. Embora a Escritura não se destine a ser um livro de texto de música e não deve ser vista dessa maneira, a Escritura, pelo menos, implica que a música comunica. Aqui estão alguns exemplos:

A música instrumental pode expressar vitória ou derrota (Êx. 32:17-18), calma (ISam. 16:1-23), luto, choro e lamentos (Jó 30:31; Isa. 16:11; Jer. 48:36) alegria (ICr. 15:16), e pompa (Is. 14:11). Esse tipo de comunicação pode ser comum à todas as pessoas ou específico para uma cultura, ou mesmo específico para uma determinada pessoa. Novamente, as Escrituras não ensinam que a música se comunica, mas isso implica o que conhecemos pela experiência.

A Escritura diz que a comunicação humana deve ser avaliada. A comunicação pode expressar raiva, ira, malícia e obscenidade (Col. 3:8). A comunicação pode ser corrompida ou edificante (Ef. 4:29). Além disso, os princípios da Escritura relativos à comunicação aplicam-se a todas as formas de comunicação como linguagem corporal ou expressões faciais (mesmo um “olhar” pode expressar o orgulho [Prov. 6:17]), e não apenas proposições.

Assim, o que as Escrituras dizem sobre a comunicação deve ser aplicado à música. Em particular, a música se comunica de forma semelhante ao tom de voz e à linguagem corporal. Assumindo que o que dizemos é bom, se o nosso tom de voz expressar amor, alegria, paz, paciência, bondade, doçura, fidelidade, gentileza ou autocontrole, é bom; e se o nosso tom de voz expressa impureza, sensualidade, inimizade, conflitos ou ataques de raiva, é pecaminoso (Gál. 5:19-20, 22). Pode expressar essas coisas, mesmo que não as intentemos, como quando falo com dureza à minha esposa depois de um longo dia, mesmo que eu não tenha a intenção.

Fazer avaliações sobre que tons de voz expressam qual emoção nem sempre é fácil; exige sabedoria e julgamento. Mas se desejamos ser conformados à imagem de Cristo, faremos esses julgamentos sobre todas as nossas comunicações.

Publicado por Scott Aniol em 03 de fevereiro de 2016

Fonte: <http://religiousaffections.org/articles/articles-on-music/biblical-authority-and-musical-communication/?subscribe=success#blog_subscription-8>

Traduzido por Ícaro Alencar de Oliveira. Em Rio Branco-Acre, em 23 de janeiro de 2018. 1ª Edição. 

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